3 casamentos da monarquia que foram uma grande atração
27 de Abril de 2011

Em 1947, quando a rainha Elizabeth II se casou, a cerimônia foi transmitida pela primeira vez ao vivo – via rádio! – para 200 milhões de pessoas. Agora, seu neto William e Kate Middleton vão se casar e, mais uma vez com transmissão ao vivo, desta vez pela Internet e TV. Audiência esperada? 2 bilhões de pessoas! Sim, a tecnologia e o mundo mudaram um bocado. Mas algumas coisas permanecem as mesmas: o vestido branco, o glamour, a mágica em torno da monarquia britânica, o sonho de agarrar um príncipe. Confira:

Rainha Elizabeth II – Ela tinha apenas 13 anos quando conheceu seu futuro marido, um primo de terceiro grau. Mas o casamento só aconteceu quando ela já tinha 21 e depois de ambos terem participado da II Grande Guerra – Elizabeth era segunda subalterna e trabalhava como motorista de jipe e caminhão em áreas de apoio. Há fotos dela trocando pneu, acredita?

O casamento aconteceu em novembro de 1947, época do pós-guerra, portanto não ficava bem fazer uma cerimônia muito suntuosa nem protagonizar grandes gastos. Por isso, Elizabeth foi a primeira rainha a ganhar um anel de noivado “reciclado”: o diamante central foi tirado de uma joia da família do noivo, príncipe Philip, que renunciou ao trono grego para ficar com ela.

Elizabeth usou um vestido feito pelo costureiro real Norman Hartnell, de seda com bordados de cristal e 10.000 pérolas, além de uma longa cauda de 5 metros, toda bordada. Seu buquê, de orquídeas e murta, foi depositado sobre o túmulo do soldado desconhecido, como homenagem a todos os britânicos mortos durante a guerra – um gesto que virou tradição desde então.

Queen Elizabeth II & Duke of Edinburgh - Nov 20, 1947

 

Princesa Grace Kelly – Outro casamento que causou furor na midia aconteceu em 1956. Grace Kelly (1929-1982), então uma das mais belas atrizes de Hollywood, conheceu seu príncipe durante o festival de Cannes. Ela chefiava a delegação americana e foi convidada a visitar o palácio de Mônaco, onde conheceu Rainier III (1923-2005). Pouco depois, ele viajava para os Estados Unidos para conhecer a família dela e propor-lhe casamento.

Príncipe Rainier deu a ela um anel de diamante central de 12 quilates e lapidação esmeralda, cercado por dois diamantes baguette. Se você assistir o filme High Society verá que ela usa o anel. Esse foi seu último filme antes de assumir o papel de princesa em Monte Carlo. O vestido usado no casamento? Sim, vamos lá. Era de tafetá de seda, com cauda de tule recoberto por perolinhas, além de um véu que cobria o rosto e trazia dois pequenos lovebirds bordados. Grace acabou doando o vestido para o Philadelphia Museum of Art (veja aqui), de sua cidade natal. Nas mãos ela tinha um buquê, mas também há fotos dela segurando um livro de oração com capa recoberta por perolinhas, acompanhando o vestido.

Confira as fotos dela empacotando suas 80 malas da mudança, que incluiu um cachorro, na galeria de fotos da revista Life, clicando aqui.

Grace Kelly & Rainier III - April 19 1956

Princesa Diana – Bem, é verdade que o casamento não deu certo e terminou em divórcio. Mas atraiu uma multidão de 600 mil pessoas e 750 milhões de telespectadores ficaram colados na telinha para vê-la. Então, tenho que colocar aqui, né? Diana perdeu o título de princesa, mas será sempre uma em nossa memória!

Diana (1961-1997), uma professora de jardim de infância, casou-se em 29 de julho de 1981. Tinha, então, 20 anos e o príncipe Charles, 32. Eles se encontraram algumas vezes até que Charles marcou com ela um jantar a dois, no palácio de Buckingham. Fez-lhe o pedido de casamento. Ela mesma escolheu o anel de noivado, com uma safira central rodeada de diamantes. Pela primeira vez na história da realeza britânica, essa não foi uma joia feita especialmente para a ocasião. Estava no catálogo da joalheria Garrard. E agora está no dedo de Kate Middleton.

Diana usou um vestido de tafetá de seda rodado, com grandes mangas bufantes e decote de babados, com cauda de 8 metros e bordados feitos com 10 mil perolinhas. Era um modelo exagerado em tudo, mas princesa pode, né? O vestido levava a assinatura de Elizabeth Emanuel, estilista que, em seu estúdio, tratou de colocar dois guardas vigiando o vestido de sua cliente, a quem deu o codinome de Deborah. Anos depois, Elizabeth contou que ninguém acompanhava Diana nas provas do vestido, algo bem incomum, já que as noivas costumam estar rodeadas de irmãs, amigas e da mãe durante as provas. Triste, como parece ter sido a vida de Diana e como são boa parte dos contos de fada!

 

Diana & Charles July 29, 1981

>>> Por: Roberta Rossetto

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